Referencial Histórico
Consta que em meados do Século XVIII, às margens do rio Trairi e a 13 km do litoral, João Verônica construiu uma moradia em torno da qual outros exploradores e colonizares ergueram casas que resultaram no povoado de Trairi.
O município foi criado pela Lei N° 1.068, de 13 de novembro de 1863, para ser extinto pela Lei de N° 1.110 de 10 de novembro do ano seguinte. A Lei N° 1.235, de 27 de novembro de 1868, restaurou o município, então com sede no povoado de Parázinho, que passou a ter a denominação de Paracuru.
A sede foi depois transferida para Trairi, por força da Lei N° 1.604, de 14 de agosto de 1874, com o nome de Nossa Senhora do Livramento, até que a Lei N° 1.669, de 19 de agosto de 1875, restaurou a antiga denominação de Trairi. O município sofreu nova supressão com a vigência da Lei N° 1.181.
Novamente extinto a 9 de outubro de 1920, pela Lei N° 1.794, teve nova restauração pela Lei N° 2.002, de 16 de outubro de 1922. Em 20 de março de 1931, o Decreto N° 193 extinguiu o município, fazendo-o distrito de São Gonçalo do Amarante, até que a Lei N° 1.153, de 22 de novembro de 1951, lhe concedeu autonomia. A sua instalação oficial se deu a 25 de março de 1955. Nossa Senhora do Livramento foi a primeira denominação do município, que depois mudou para Trairi, palavra indígena que significa "rio das traíras".
CARACTERIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
O município de Trairi tem 44.527 habitantes, segundo contagem do IBGE de 2000. Está localizado no litoral oeste do Estado do Ceará, na Região Turística II do PRODETUR/CE, a uma distância aproximada de 121 km de Fortaleza.
O município se divide política e administrativamente em seis distritos: Sede, Canaã, Córrego Fundo, Flecheiras, Gualdrapas e Mundaú, e abrange uma área de 943,20 km². Limita-se ao norte com o Oceano Atlântico e o município de Itapipoca; ao sul com os municípios de Itapipoca, Tururu, Umirim, São Luís do Curú e São Gonçalo do Amarante; a leste com o município de São Gonçalo do Amarante; e a oeste com o município de Itapipoca.
Nº | Município/Distrito | Distância da Sede | Lei de Criação | Ano |
01 | Trairi (Sede) | - | 1.068 | 1863 |
02 | Mundaú | 20 Km | 1.114 | 1947 |
03 | Canaã | 16 Km | 11.297 | 1987 |
04 | Córrego Fundo | 20 Km | 053 | 1999 |
05 | Gualdrapas | 16 Km | 054 | 1999 |
06 | Flecheiras | 13 Km | 056 | 1999 |
A sede do município, a cidade de Trairi, tem 3.792 habitantes e está localizada às margens do Lagamar da Rua, na sua porção oeste, que juntamente com o Lagamar da Carnaúba Torta e o Lagamar do Sal formam o complexo hídrico conhecido como Lagamar do Trairi, com uma extensão de, aproximadamente, 5 km. As praias mais visitadas são: Flecheiras, Mundaú, Emboaca e Guagirú.
Caracterização Político-ambiental
O município possui 13 km de costa, do rio Mundaú até a praia da Pedra Rasa. O conjunto lacustre é formado pelos Rios Mundaú, Curú, Trairi e outros pequenos cursos. A planície flúvio-lacustre, constituída pelo Lagamar do Trairi, se acha encravada na superfície dos tabuleiros pré-litorâneos, à retaguarda dos campos de dunas. Esses tabuleiros formam uma barragem natural ao fluxo hídrico dos pequenos e médios cursos d’água, que por não possuírem energia suficiente para rompê-los dão origem às lagoas, que na maioria das vezes assumem uma disposição longitudinal, perpendicular à linha da costa.
Especificamente, este é o elemento condicionador do surgimento e manutenção do complexo hídrico chamado Lagamar do Trairi. Eventualmente, no período chuvoso, quando o Rio Trairi recebe um maior volume d’água, bem como quando da ocorrência de grandes marés (maré de sizígia), a área à montante do Lagamar é diretamente influenciada por estas, na medida em que a energia proporcionada pelo maior volume d’água enseja o rompimento do cordão de dunas. Esse fato determina níveis de salinidade elevados, chegando, inclusive, a proporcionar o desenvolvimento, embora de forma incipiente, de espécies vegetais típicas de manguezais.
A Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (SRH) enquadra a sub-bacia do Rio Trairi como parte integrante da Bacia do Litoral, juntamente com as sub-bacias dos Rios Aracatiaçu, Mundaú, Aracati-Mirim e Zumbi.
Por estar sujeito à influência marinha, considerando a ligação com o mar feito através do Lagamar do Sal, a fauna compõe-se tanto de espécies de água doce, nativas ou introduzidas, como de água salgada. A maior concentração de espécies marinhas localiza-se na sua porção leste.
A vegetação nativa é constituída por espécies como Marmeleiro, Mofumbo, Cansanção, Munguba, Hortênsia, Pinhão Brabo, Manjirioba, Salsa e Capimaçu, dentre outros.
A vegetação aquática, com um melhor desenvolvimento na época chuvosa, está representada, principalmente, pelo aguapé, que forma grandes aglomerações na superfície da água, em diferentes locais do Lagamar. A fauna aquática está representada, principalmente, por peixes, crustáceos e moluscos.
A sub-bacia do Rio Trairi é dependente do regime pluviométrico, como ocorre com os demais cursos d’água existentes no Estado. Caracterizando-se como sendo do tipo tropical, apresenta estações secas e chuvosas bem definidas. Esta última ocorre no período verão-outono e concentra-se em um intervalo de tempo que varia de três a cinco meses. A pluviosidade média anual gira em torno de 1.000 a 1.200 mm.
Os sedimentos terciários da formação barreiras constituem, quase que com exclusividade, o terreno ocupado pelo Lagamar do Trairi. Nas porções norte e leste do espelho d’água os sedimentos são recobertos, respectivamente, por sedimentos constituintes dos cordões dunares e por paleodunas. Litologicamente, os primeiros são constituídos por areia fina a média, de coloração clara. Normalmente apresentam-se quartzosos, com granulação fina e concentração de delgados leitos já às paleodunas, diferenciam-se das dunas mais recentes, além da sua datação, por apresentarem modelados mais rebaixado, com topos relativamente aplainados e recoberto por vegetação fixadora, além de ocorrerem com coloração avermelhada, em função do processo de oxidação a que foram submetidas ao longo do tempo.
O Lagamar do Trairi apresenta variações na forma de uso da terra. Alguns locais têm características tipicamente rurais e outros, em função da proximidade com a cidade de Trairi, têm características urbanas.
A área compreendida na faixa de proteção legal, no geral, apresenta baixos índices de ocupação, com características tipicamente rurais, o que tem refletido positivamente na manutenção da qualidade da água, uma vez que as fontes potencialmente poluidoras são em número reduzido e estão localizadas distantes do manancial.
As atividades e os usos que se desenvolvem nas águas e nas áreas marginais da lagoa, ligados principalmente ao lazer, não têm se constituído ameaça à integridade do ecossistema, por serem praticados em pequena escala. Por isso, são considerados insignificantes no contexto geral do complexo hídrico.
A oferta de estabelecimentos de alimentação compreende 23 restaurantes, sete bares, quatro lanchonetes, uma churrascaria e uma pizzaria, com capacidade total de 1.853 lugares. Na sua totalidade trata-se de empresas pequenas e de caráter familiar, com uma evidente falta de especialização e escassa formação profissional.
Um grande número de estabelecimentos possui instalações inadequadas, bem como equipamentos obsoletos. Além disso, oferece serviços insatisfatórios do ponto de vista dos clientes, relativamente ao atendimento e à limpeza e higiene. Mais atenção nesse particular ensejaria a satisfação e o retorno dos mesmos.
O tipo de serviço predominante é o a La-carte, seguido do self-service. A cozinha dá ênfase aos frutos do mar e à comida regional e caseira. Com relação ao horário de atendimento, predomina o período das 07 as 23 horas, considerado insuficiente para a completa satisfação dos turistas que, por isso, apressam o retorno ao local de origem.
A geração de empregos diretos relacionados à atividade turística fica em torno de 105 vagas, que são distribuídas entre garçons, cozinheiros, arrumadeiras e o pessoal da área administrativa. O treinamento dessa mão-de-obra limita-se às orientações informais do dia-a-dia, dadas pelos proprietários dos estabelecimentos. Faz-se necessário, portanto, que programas básicos de treinamento sejam implementados.
EVOLUÇÃO POLÍTICA
O Município muito sofreu quanto à conquista da sua maioria política,Várias vezes perdeu sua autonomia e várias vezes a conquista, graças aos esforços dos movimentos locais em que todos se congregavam independentemente de filiação partidária.
Pela primeira vez o município foi criado em 1863, mas extinto no ano seguinte. Em 1868 foi restaurado, contudo com sede na povoação de Parázinho, elevado à categoria de vila com o nome Paracuru.
Em 1874 a sede municipal foi reconduzida para a antiga Vila de Trairi, dando-lhe nova denominação a Vila de Nossa Senhora do Livramento que não durou além de um ano, tendo a antiga denominação – Trairi – sido restabelecida em 1875.
O município foi extinto e restaurado outras vezes. A partir de 1933, fazia parte do município de Paracuru, em 1938 passou a fazer parte do município de São Gonçalo do Amarante, nele permanecendo até 22 de novembro de 1951, quando a Lei nº 1.153, sancionada pelo governador Raul Barbosa, regulamentando a Divisão Administrativa do Estado, restaurou o município de Trairi.
Sua instalação, todavia, só ocorreu a 25 de março de 1955, quando tomaram posse o Prefeito Municipal e Vereadores eleitos a 3 de outubro do ano anterior (1954).
Prefeitos do Município:
- 1º José Granja Ribeiro (1955 – 1959)
- 2º Antônio Alves da Silva (1959 – 1963)
- 3º José Granja Ribeiro (1963 – 1967)
- 4º Manoel Barroso Neto (1967 – 1971)
- 5º Mário Freire Ribeiro (1971 – 1973)
- 6º Manoel Barroso Neto (1973 – 1977)
- 7º Olga Nunes Freire Ribeiro (1977 – 1981)
- 8º Jonas Henrique de Azevedo (1982 – 1988)
- 9º Henrique Mauro de Azevedo Porto (1989 – 1992)
- 10º Jonas Henrique de Azevedo (1993 – 1996)
- 11º Jaime Marques Nogueira (1997 – 2000)
- 12º Henrique Mauro de Azevedo Porto (2001 – 2004)
- Atual Prefeito – Josimar Moura Aguiar (PPS) - (2005 – 2008)
Vereadores Eleitos - 2004
Nome | Partido |
Alexandre Paiva Damasceno | PTB |
Emídio Sezanildo Montenegro | PSL |
Francisco Dogivaldo Tomé | PDT |
Francisco Magno Magalhães | PPS |
Maria Gorete Souto Pinto | PRP |
Silza Sales Moreira | PSL |
Manoel Flávio Silva de Oliveira | PSL |
Maria Moreira de Oliveira | PPS |
José Alves Freire | PFL |
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA
As atividades econômicas do município se referem ao comércio, prestação de serviços, agropecuária, pesca e extração mineral. Há ocorrência, na região, de depósitos de diatomita e argila, utilizadas para fabricação artesanal de tijolos e telhas, e como matéria prima para a fabricação de elementos filtrantes e isolantes. Na produção extrativa destacam-se, ainda, a castanha de caju e as algas marinhas.
O Distrito de Mundaú se destaca pela pesca, inclusive da lagosta, possuindo duas grandes colônias de pescadores. Canaã se destaca pela plantação de cana-de-açúcar e pela fabricação de rapadura. A Sede, por outro lado, se destaca pelo comércio e pela prestação de serviços. As pequenas comunidades de Flecheiras e Guagirú são consideradas economicamente importantes pela produção de coco, pesca e turismo, Córrego Fundo é conhecido pela produção de caju e seus derivados.
Quanto ao artesanato, encontra-se em Trairi uma variedade de bordados e rendas, destacando-se o labirinto, ponto-cruz, renda de bilros, crochê e filé, Essa atividade, porém, embora tendo importância como atrativo turístico-cultural, não é representativa na economia local. A vocação do município para o turismo, por sua vez, reflete-se na potencialidade para os tipos sol-e-praia, ecológico, cultural e esportivo.
No que diz respeito à atividade pesqueira predomina no município de Trairi a pesca artesanal, cuja produção. durante o ano de 1994, atingiu o total de 594 toneladas. Os principais destaques foram: lagosta (78 ton), cangulo (66 ton), serra (59 ton), camurupim (50 ton), cavala (36 ton), arraia (31 ton.) e ariacó (26 ton.). O setor é organizado pela Colônia de Pesca Z4, que conta com aproximadamente 400 associados, distribuídos em seis núcleos pesqueiros. O principal é o da localidade de Mundaú.
Como acontece nos demais municípios litorâneos cearenses, a pesca artesanal no município de Trairi apresenta deficiências de ordem técnica, bem como de assistência governamental, refletida na falta de linhas de crédito para o setor e na precariedade da infraestrutura de transporte, estocagem e comercialização do produto.
O setor comercial está representado, no município, por 326 estabelecimentos, dos quais apenas sete são atacadistas. O setor varejista é formado, predominantemente, por pequenos empreendimentos de vendas de produtos de primeira necessidade, as famosas bodegas, que se espalham por todos os recantos do município. Têm estoques limitados e realizam as vendas em pequenas quantidades, a prazo e sem juros.
Quanto ao setor industrial, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), existiam no município, no ano de 1991, apenas sete estabelecimentos industriais: três do ramo minerais não metálicos, três de produtos alimentares e um de vestuário e calçados.
A educação de Trairi está quase que totalmente a cargo da administração municipal, que é responsável por 149 das 162 escolas existentes, ou seja, 92% do total. O Estado tem 11 escolas (6,8%) e a iniciativa privada apenas duas (1,2%). Não há nenhuma escola do Governo Federal.
Analisando-se as matrículas do município, conclui-se que o ensino de 2° Grau está totalmente sob a responsabilidade do Estado. O município tem, porém, destaque no pré-escolar, com 80,2% do total de matrículas, e no nível de 1° Grau, com 59,9%.
O serviço de abastecimento d’água do município de Trairi, a cargo da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE), restringe-se, praticamente, à área urbana da sede municipal, com 568 ligações que beneficiam 2.022 pessoas, o que representa 59% do total. No município como um todo, esse índice cai para 5,6%.
A população excluída do serviço, que representa 94,4% do total, vê-se obrigada a recorrer para outros meios, de forma a garantir o abastecimento do líquido em suas residências. A qualidade da água, muitas vezes, não atende aos padrões mínimos para o consumo humano, em função do seu reduzido poder de compra.
A situação do abastecimento de água do município de Trairi, no entanto, deverá melhorar bastante, nos próximos anos, quando deverá atingir 100% da população urbana, em função da implantação do Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (PRODETUR/CE), que visa fornecer infra-estrutura social e turística como forma de promover o turismo.
A coleta de lixo de Trairi, segundo dados do último censo demográfico, beneficia somente 3,5% dos domicílios do município. Dos 98,5% restantes, 54% dizem dispor o lixo em terrenos baldios. Estão aí incluídos os que o fazem diretamente em rios, lagoas, riachos e açudes, com sérias implicações para a qualidade da água utilizada para o consumo humano. Dos demais, 32% utilizam-se da queima e 14% enterram o lixo, processos que também oferecem riscos ao meio ambiente e, conseqüentemente, à saúde da população, pela poluição do ar e da água.
O serviço médico-hospitalar de Trairi conta com apenas 14 estabelecimentos para o atendimento da população municipal, sendo quatro hospitais-maternidade e quatro postos de saúde. Essas unidades de saúde dispõem de um total de 44 leitos, que de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) são insuficientes para o atendimento da população em condições razoáveis.
Esses parâmetros definem a relação de cinco leitos para cada 1,000 habitantes, como forma de otimizar o serviço médico-hospitalar, o que significa um total de 182 leitos, no caso de Trairi. Como existem apenas 44, estabelece-se um déficit de 138 leitos, e uma relação de apenas 1,2 leitos por 1.000 habitantes.
Esse quadro de carência agrava-se quando se verifica, pelas informações da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA), que não existe nenhum profissional da área da saúde do Estado atendendo no município. Por outro lado, existem 48 agentes de saúde que fazem o acompanhamento de 5.760 famílias, perfazendo um total de 25.920 pessoas assistidas.
Esse atendimento, que se faz de porta em porta em todo o interior do município, é baseado, principalmente, em um trabalho educativo com vistas à prevenção de doenças e o acompanhamento da gestação e do parto, com o intuito de diminuir a mortalidade infantil e os índices de doenças endêmicas, através da mudança dos hábitos culturais de higiene, alimentação e automedicação.
Apesar de todo o empenho desses agentes, o índice de mortalidade ainda é bastante elevado, tendo ficado na casa dos 93 óbitos por 1.000 nascimentos em 1994, segundo dados da SESA. Não existe, entretanto, registro de grandes endemias na região.
O serviço de distribuição de energia elétrica para o distrito de Trairi está a cargo da Companhia de Eletricidade do Ceará (COELCE), que atende a 3.310 consumidores, sendo 80,5% da classe residencial e apenas 0,7% do setor industrial. Isso demonstra a reduzida participação da indústria na economia do município.
Depois da classe residencial o maior consumo de energia elétrica é o do setor público: 86 consumidores e 1.339 Mwh de consumo, inclusive para a iluminação pública de todo o município.
As manifestações mais expressivas do município podem ser agrupadas em festas populares, folclóricas, religiosas e cívicas, que seguem quatro cicios: carnavalesco, quaresmal, junino e natalino. Considerem-se, também, aspectos relacionados à gastronomia e ao artesanato (Quadro 01).
ASPECTOS RELIGIOSOS DO POVO DE TRAIRI
O aspecto religioso sempre esteve muito presente no povo de Trairi. A padroeira do município é Nossa Senhora do Livramento, sendo que as novenas acontecem no mês de dezembro, oportunidade na qual um grande número de devotos comparecem a cidade para dar o seu testemunho de fé e devoção. A história oral registra a passagem do Padre Cícero Romão Batista, no nosso “padim ciço”, pelo município, onde teve oportunidade de realizar diversas celebrações na igreja de Nossa Senhora do Livramento. Essa época coincide com a transferência da paróquia de Paracuru para o Trairi, em 1874, sendo seu primeiro vigário o Padre Francisco José da Silveira Carvalho. Nesse tempo, o nome da cidade era Nossa Senhora do Livramento. As origens da devoção do povo de Trairi por Nossa Senhora do Livramento, de acordo com o que vem sendo passado com as sucessivas gerações, desde os fundadores da cidade, dão conta de que na segunda metade do século XVIII, uma rica senhora portuguesa chamada Maria Furtado de Mendonça, viajava em alto mar a bordo de um navio que conduzia uma carga bastante valiosa. Na oportunidade aconteceu um grande temporal, que fez com que toda carga tenha sido jogada no mar para que a embarcação não afundasse. Embora não tenha afundado a estrutura do navio ficou bastante danificada e foi aí que Dona Maria Furtado de Mendonça fez a promessa a Nossa Senhora do Livramento, de que no lugar onde ela e sua tripulação ancorassem, com vida, mandaria construir uma igreja, para a qual traria posteriormente uma imagem da Nossa Senhora do Livramento, assim como se esforçaria para difundir e propagar a devoção para com a santa. A portuguesa teria ancorado na praia localizada entre Guagirú e Flecheiras, e a partir daí começou a andar pelos morros buscando uma forma de pagar sua promessa. Depois de muito procurar, ela encontrou um humilde pescador de que lhe informou que morava em um povoado que ficava às margens do rio Trairi. Lá chegando, a senhora portuguesa entregou a um fazendeiro uma quantia em dinheiro para que fosse construída a igreja, e comprometeu-se a retornar posteriormente, trazendo a imagem de Nossa Senhora do Livramento. E assim aconteceu. A igreja foi construída e passados alguns meses Dona Maria Furtado de Mendonça chegava ao Trairi trazendo a imagem da santa. O dinheiro deixado pela portuguesa foi suficiente para construir a igreja e comprar uma fazenda de gado, cujos lucros eram investidos na paróquia. E assim, de geração em geração, a devoção a Nossa Senhora do Livramento foi crescendo, e hoje se constitui numa das características mais próprias e legítimas que marcaram a história do povo trairiense.
Regionalização
Dentro da regionalização do IBGE e do IPECE, o Município pertence à região administrativa n° 2, a macro região de Planejamento do Litoral Oeste, a mesoregião do Norte Cearense e a Microregião de Itapipoca.
Demografia
Abaixo, vêem-se três momentos da população residente.
Quadro 1 - População residente 1991 – 2004
Discriminação | 1991 | 2000 | 2004 | |||
N° | % | N° | % | N° | % | |
Total | 36.344 | 100,00 | 44.527 | 100,00 | 45.040 | 100,00 |
Urbano | 7.661 | 21,08 | 14.413 | 32,37 | - | |
Rural | 28.683 | 78,92 | 30.114 | 67,63 | - | |
Homens | 18.671 | 51,38 | 22.942 | 51,52 | 23.012 | 51,09 |
Mulheres | 17.669 | 48,62 | 21.585 | 48,48 | 22.028 | 48,91 |
Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1991 e 2000
Quadro 2 - Indicadores Demográficos – 1991 e 2000
Discriminação | 1991 | 2000 |
Densidade demográfica (hab/km²) | 48,07 | 47,41 |
Taxa geométrica de crescimento anual (%)(1) | 1,79 | 2,28 |
Urbana | 7,49 | 7,27 |
Rural | 0,74 | 0,54 |
Taxa de urbanização (%) | 21,08 | 32,37 |
Razão de sexo | 105,69 | 106,29 |
Participação nos grandes grupos populacionais (%) | 100,00 | 100,00 |
0 a 14 anos | 44,86 | 39,07 |
15 a 64 anos | 49,70 | 54,66 |
65 anos e mais | 5,44 | 6,27 |
Razão de dependência (2) | 101,20 | 82,96 |
Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1991/2000.
(1) Taxas nos períodos 1980/91 e 1991/00 para os anos de 1991 e 2000, respectivamente.
(2) Quociente entre “população”, isto é, pessoas menores de 15 anos e com 65 anos ou mais de idade e a população potencialmente ativa, isto é, pessoas com idade entre 15 e 64 anos.
Quadro 3 - Números de Domicílios, Média de Moradores/Domicílios – 2000.
Situação do Domicílio | Número de Domicílios | Média de Moradores | |
Município | Estado | ||
Total | 9.496 | 4,68 | 4,21 |
Urbana | 3.203 | 4,49 | 4,10 |
Rural | 6.293 | 4,77 | 4,51 |
Saúde
Quadro 4 - Prestadores de Serviços de Saúde
Tipo de Prestador | Quantidade | % |
Total | 20 | 100,00 |
Público | 12 | 60,00 |
Privado | 8 | 40,00 |
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA).
Quadro 5 - Unidade de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde,
por tipo de Unidade - 2003
Tipo de Unidade | Qunatidade | % |
Total | 20 | 100,00 |
Posto de saúde | 4 | 20,00 |
Centro de saúde | 1 | 5,00 |
Ambulatório | 3 | 15,00 |
Consultório médico/ odontológico | 1 | 5,00 |
Policlínica | - | - |
Unidade mista | 1 | 5,00 |
Unidade móvel | - | - |
Unidade de vigilância sanitária | - | - |
Unidade de saúde da família | 9 | 45,00 |
Outras | - | - |
Hospitais | 1 | 5,00 |
Quadro 6 - Profissionais de Saúde – 2003
Discriminação | Quantidade |
Total | 209 |
Médicos | 36 |
Dentistas | 7 |
Enfermeiros | 17 |
Outros profissionais de saúde/ nível superior | 6 |
Agentes comunitários de saúde | 73 |
Outros profissionais de saúde/nível médio | 70 |
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA).
Nota: Profissionais de Saúde cadastrados em unidades de entidades públicas e privadas.
Quadro 7 – Programa de Saúde da Família – 2003
Discriminação | % |
Crianças acompanhadas pelo Programa Agentes de Saúde (%) | 80 |
Até 4 meses só mamando | 66,79 |
De 0 a 11 meses com vacina em dia | 99,51 |
De 0 a 11 meses subnutridas (*) | 4,70 |
De 12 a 23 meses subnutridas (*) | 8,67 |
Peso < 2,5 kg ao nascer | 1,52 |
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA).
(*) Crianças com peso inferior a P10 .
Quadro 8 – Principais Indicadores de Saúde – 2003
Iindicadores | Município | Estado |
Médicos/100 hab. | 0,08 | 0,14 |
Dentistas/100 hab. | 0,02 | 0,03 |
Leitos/1.000 hab. | 0,45 | 2,11 |
Unidades de Saúde/1.000 hab. | 0,05 | 0,05 |
Nascidos vivos | 781 | 98.374 |
Óbitos | 9 | 2.194 |
Taxa de Mortalidade Infantil/1.000 nascidos vivos | 11,52 | 22,30 |
Fonte: Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA).
Índices de Desenvolvimento Humano – IDH
Quadro 9 - IDH
MUNICÍPIO | UF: | ||
Esperança de vida ao nascer | 68,33% | Índice de educação (IDHM-L) | 0,707% |
Taxa de alfabetização de adulto | 65,31% | Incide de PIB (IDHM-R) | 0,508% |
Taxa bruta de freqüência escolar | 83,14% | Incide de des. Humano municipal (IDH-M) | 22,70% |
Renda per capita | 61,58% | Ranking em relação ao estado | 63% |
Índice de esperança de vida (IDHM-L) | 0,665% | Ranking nacional | 38,87% |
Fonte: IPEA
Outros índices ou indicadores significativos
Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) – 2002 – 22,70 – 112
Índice de Desenvolvimento Humano (2000) – 0,632 – 90
Índice de Desenvolvimento Social de Resultado (ISS – R) – 0,4508 – 46
PIB per capita (RH 1,00) – Município Estado
1.614 3.129
PIB por setor (%) Estado
Agropecuária – 29,7 6,6
Indústria – 1,9 36,6
Serviços – 68,4 57,3
Economia e Finanças – Produto Interno Bruto (2002)
Quadro 10 – PIB a preço de mercado, PIB por
per capita e PIB por setor – ano 2002
Discriminação | Município | Estado |
PIB total a preços de mercado (R$ mil) | 74.657 | 24.354.000 |
PIB per capita | 1.614 | 3.129 |
PIB por setor Agropecuária Indústria Serviços | 100,00 29,7 1,9 68,4 | 100,00 6,6 36,0 57,3 |
Fonte: IBGE/IPECE
Aspectos Culturais
Calendário Cultural
O Município de Trairi tem um calendário cultural bastante rico. Fazem parte dele os seguintes eventos:
· Festa da padroeira Nossa Senhora do Livramento – dezembro/janeiro (10)
· Festival do Coco – Fevereiro (1)
· Festa de São José – (Canaã) – Março (20)
· Semana da resistência cultural – abril (4)
· Festival de Quadrilhas – junho (5)
· Festival Cultural de Feiras – Jan/Julho (6)
· Festival do Caju – Outubro (7)
· Resgate Ambiental de Flecheiras – Novembro (8)
· Festa da Fazenda Riacho Largo – Novembro (5)
· Carnaval Feliz Folia – Móvel (3)
Grupos de teatros
· Artimanha
· Cenas de Rua de Trairi
· Focus Cênico
· Troup Corpus e Vozes
· Grupo de Teatro Vidante (Córrego dos Furtados)
· Grupo de Teatro Arte Jovem ( Alto São Francisco)
· Grupo de teatro Arte Popular ( Cana Brava)
· Cordel Encantado
Grupos de dança
· Cia. Arreios
· Sol místico
· Companhia de Dança Flex
· Lume da fogueira.
Clubes Diversos
O município dispõe de 11 centros de diversões e balneários.
Suas praias mais formosas são:
· Praia de Flecheiras
· Praia de Guajirú
· Praia de Mundaú
· Praia de Cana Brava
· Praia de Pedra Chata
Fatos marcantes do município
· Visita do Padre Cícero Romão Batista à paróquia de Trairi (Final do ano de 1871)
· Emancipação do município (22 de novembro de 1951)
· Criação das escolas: Grupo Escolar Raimundo Nonato Ribeiro; Ginásio Álvaro Martins (1ª escola de 5ª a 8ª séries) e colégio Jonas Henrique de Azevedo (1ª escola de 2° grau)
· Centenário da Paróquia (1974)
Personagens marcantes da história da Cultura do Trairi
· Álvaro Dias Martins - Poeta, Membro de Padaria Espiritual do Ceará
· Padre Rodolfo da Cunha (escritor e reitor do Seminário da Prainha em Fortaleza)
· Professor José Silva Novo - poeta e músico.
· Maria Pia Sales – Professora e escritora com publicações de poesias e documentários, fazendo uma pesquisa da árvore genealógica das principais famílias de Trairi.
Aspectos Educacionais
A educação municipal é administrada pela Secretaria de Educação, Desporto e Cultura. Somente a partir de implantação do Fundo de Desenvolvimento da Educação e Valorização do Magistério, a educação municipal pôde organizar-se como Secretaria e desenvolver seu sistema de ensino, conforme competências estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Art.11)
Seu Conselho de Educação embora já legalmente fundado, aguardava a elevação do percentual de profissionais de nível superior no magistério municipal para que seu funcionamento permitisse uma caminhada mais consistente para a constituição do sistema municipal de ensino no ano de 2006.
A Rede Escolar
A rede escolar do município está constituída no corrente ano de 2005 de 24 pólos educacionais distribuídos nos seis distritos administrativos, como segue:
Quadro 10 – Distribuição dos Pólos
Educacionais por Distrito – 2005
Distrito | Pólos |
Sede | 05 |
Córrego Fundo | 05 |
Canaã | 06 |
Flecheiras | 02 |
Gualdrapas | 05 |
Mundaú | 01 |
Pólos Educacionais
Sob a supervisão da escola pólo, funcionam as escolas de seu entorno social e geográfico. Nos quadros a seguir, apresenta-se cada uma das escolas pólo, suas unidades escolares nucleadas com o numero de salas de aula, o número de turmas, a zona urbana ou rural da escola e o número de alunos, com base na matrícula de 2005.
O total de unidades é de 109 unidades e a média de escolas por pólo é de 5,8. Uma das metas deste plano é repensar a divisão em pólos e buscar uma identidade mais nítida para cada escola. Ente serviço decorrerá de ajustamento necessário em face da resolução n° 396/2005, do Conselho Estadual de Educação e da evolução normal das matriculas.
No quadro abaixo, pode-se ver o nº de turmas existentes em cada pólo e as etapas ou modalidades de ensino.
Quadro 11 – Distribuição das etapas ou modalidades de ensino do município segundo os pólos onde funcionam - 2005
ESCOLAS PÓLO | ETAPA / MODALIDADE | ||||||
CRECHE | PRÉ- | ALFA | MULTI | 1ª à 4ª | MULTI | 5ª à 8ª | |
Pólo N° 1 | 01 | 05 | 03 | - | 16 | 05 | 10 |
Pólo N° 2 | - | 04 | 02 | - | 16 | 05 | 10 |
Pólo N° 3 | - | 01 | - | 01 | 05 | 05 | 09 |
Pólo N° 4 | - | 02 | - | - | 04 | 05 | 07 |
Pólo N° 5 | - | 03 | - | - | 13 | 01 | 13 |
Pólo N° 6 | 01 | 03 | 01 | - | 13 | 05 | 08 |
Pólo N° 7 | 02 | 01 | 01 | - | 12 | 04 | 10 |
Pólo N° 8 | - | 05 | 04 | - | 17 | 05 | 14 |
Pólo N° 9 | - | 02 | 01 | 01 | 14 | 02 | 17 |
Pólo N° 10 | - | 01 | - | - | 07 | 02 | 04 |
Pólo N° 11 | - | 03 | - | - | 08 | 05 | 05 |
Pólo N° 12 | - | 03 | - | 01 | 10 | 01 | 12 |
Pólo N° 13 | 01 | 04 | - | 01 | 14 | 01 | 11 |
Pólo N° 14 | 01 | 01 | - | - | 03 | 04 | 04 |
Pólo N° 15 | 03 | 02 | 03 | - | 20 | 07 | 06 |
Pólo N° 16 | 01 | 04 | 01 | 01 | 08 | - | 09 |
Pólo N° 17 | - | 03 | 02 | - | 11 | 02 | 10 |
Pólo N° 18 | - | 02 | 01 | 01 | 13 | 08 | 11 |
Pólo N° 19 | - | 01 | - | - | 01 | 04 | 06 |
Pólo N° 20 | 01 | - | 01 | 05 | - | 06 | |
Pólo N° 21 | 02 | 07 | 03 | - | 14 | 03 | 08 |
Pólo N° 22 | - | 01 | 01 | - | - | 03 | - |
Pólo N° 23 | - | - | - | - | 05 | 01 | 04 |
Pólo N° 24 | - | 03 | - | 01 | 13 | 78 | 04 |
TOTAL | 13 | 61 | 23 | 08 | 242 | 155 | 198 |
Fonte: Secretaria de Educação, Cultura e Desporto do Trairi
População Escolar
A rigor, a população escolar trairense de hoje equivale a 39,07% da população geral.
Dessa população, 17. 597 deveria estar em creches e escolas.
Na verdade a matrícula recebida só pela educação municipal atinge o mínimo de 16.361, no corrente ano. O quadro nº 3 detalha por escola a população escolar, discriminando ainda o nº de salas, o nº de turmas, o nº de professores em sala, como segue:
Quadro 12 - População Escolar do Município por pólo, com nº de salas, de turmas de professores e de alunos – 2005.
Pólos | Escola | N° de Salas | N° de Turmas | N° de Professores | Zona | N° de aluno |
1 | Elizeu Eli Barbosa | 12 | 33 | 25 | Urbana | 890 |
1 | Creche Arco Íris | 1 | 2 | 2 | Urbana | 40 |
1 | Creche Tio Patinhas | 3 | 4 | 4 | Urbana | 76 |
Totais do Pólo | 15 | 39 | 31 | 1006 | ||
2 | Jonas H. de Azevedo | 11 | 26 | 19 | Urbana | 757 |
2 | Prof° José Néri | 3 | 6 | 6 | Rural | 117 |
2 | Fco Severiano Oliveira | 2 | 4 | 4 | Rural | 82 |
2 | Creche Casa Criança Feliz | 3 | 5 | 4 | Urbana | 99 |
2 | São Raimundo | 2 | 4 | 4 | Rural | 91 |
Totais do Polo | 21 | 45 | 37 | 1146 | ||
3 | Prof. José Neri | 5 | 10 | 9 | Rural | 287 |
3 | Júlia Monteiro | 3 | 8 | 6 | Rural | 126 |
3 | Ant° Ribeiro de Sousa | 2 | 3 | 3 | Rural | 53 |
Totais do Polo | 10 | 21 | 18 | 466 | ||
4 | Firmino Fco de Moura | 6 | 11 | 9 | Rural | 254 |
4 | Creche Santa Rosa | 3 | 1 | 1 | Rural | 23 |
4 | Velho João Ferreira | 1 | 2 | 2 | Rural | 40 |
4 | Antônio Ribeiro | 1 | 2 | 2 | Rural | 38 |
4 | Rui Barbosa | 1 | 1 | 1 | Rural | 19 |
4 | Dom João | 2 | 4 | 4 | Rural | 73 |
Totais do Pólo | 4 | 21 | 19 | 447 | ||
5 | Fransquinho Damasceno | 4 | 12 | 11 | Rural | 254 |
5 | Osvaldo Cruz | 4 | 12 | 8 | Rural | 231 |
5 | São José | 1 | 3 | 2 | Rural | 69 |
5 | Manoel de Sena Brito | 4 | 10 | 10 | Rural | 220 |
5 | Anexo/Fransquinho Damasceno | 1 | 2 | 1 | Rural | 30 |
Totais do Pólo | 14 | 39 | 32 | 804 | ||
6 | Ant° Miguel Porto | 6 | 11 | 12 | Rural | 252 |
6 | Creche - Ant° Miguel Porto | 1 | 2 | 2 | Rural | 31 |
6 | João Paulo de Sousa | 4 | 10 | 6 | Rural | 231 |
6 | Rogaciano Leite | 2 | 5 | 5 | Rural | 91 |
6 | São José | 16 | 4 | 4 | Rural | 69 |
6 | Anexo/Rogaciano Leite | 1 | 1 | 1 | Rural | 21 |
Totais do Pólo | 25 | 33 | 30 | 695 | ||
7 | Antônio Fco Braga | 7 | 17 | 11 | Rural | 475 |
7 | Creche Joaquim R Braga | 1 | 1 | 1 | Rural | 27 |
7 | Joana Portela | 3 | 7 | 7 | Rural | 155 |
7 | Creche Joana Portela Comunitário | 1 | 1 | 1 | Rural | 18 |
7 | Manoel Xavier | 2 | 2 | 2 | Rural | 38 |
7 | Maria Dias de Sena | 2 | 9 | 7 | Rural | 205 |
7 | Anastácio Pereira Braga | 2 | 3 | 3 | Rural | 65 |
7 | Nossa Senhora de Fátima | 1 | 1 | 1 | Rural | 17 |
Totais do Pólo | 20 | 41 | 33 | 1000 | ||
8 | José Firmino da Cunha | 11 | 28 | 19 | Urbana | 698 |
8 | Creche/Pequeno Mestre | 3 | 6 | 6 | Urbana | 113 |
8 | Santa Rosa | 4 | 8 | 6 | Rural | 201 |
8 | Creche São Francisco | 2 | 2 | 1 | Rural | 43 |
8 | Carlos Virgílio | 2 | 2 | 2 | Rural | 44 |
Totais do Pólo | 22 | 46 | 34 | 1099 | ||
9 | Ant° Robspierre Viana | 6 | 13 | 9 | Urbana | 344 |
9 | Creche Doce Criança | 2 | 2 | 2 | Urbana | 40 |
9 | São Sebastião | 3 | 6 | 4 | Rural | 95 |
9 | Francisco José Simião | 4 | 9 | 6 | Rural | 194 |
9 | Paulino R. da Silva | 4 | 9 | 5 | Rural | 162 |
9 | São Francisco | 4 | 6 | 4 | Rural | 117 |
Totais do Pólo | 23 | 45 | 30 | 952 | ||
10 | Sousa Leão | 4 | 12 | 10 | Rural | 278 |
10 | Nossa Sra. de Fátima | 2 | 1 | 1 | Rural | 14 |
10 | Olga Ribeiro | 4 | 3 | 3 | Rural | 38 |
Totais do Pólo | 10 | 16 | 14 | 330 | ||
11 | Sizina Azevedo | 4 | 11 | 9 | Rural | 287 |
11 | Nossa Sra. da Conceição | 2 | 6 | 5 | Rural | 104 |
11 | São Raimundo Nonato | 2 | 6 | 5 | Rural | 109 |
Totais do Pólo | 8 | 23 | 19 | 500 | ||
12 | Joventina M. de Oliveira | 4 | 10 | 7 | Rural | 263 |
12 | Augusto Braga de Sousa | 2 | 3 | 3 | Rural | 73 |
12 | Creche Campestre | 1 | 1 | 1 | Rural | 19 |
12 | Raimundo Vitalino | 3 | 8 | 6 | Rural | 157 |
12 | N Sra do Perpétuo Socorro | 1 | 2 | 2 | Rural | 30 |
12 | São Luís | 2 | 5 | 4 | Rural | 107 |
12 | Fco Moreira da Cruz | 3 | 4 | 3 | Rural | 74 |
Totais do Pólo | 16 | 33 | 26 | 723 | ||
13 | Joaquim Cordeiro | 5 | 14 | 8 | Rural | 292 |
13 | Antônio Urçulino Alves | 4 | 14 | 9 | Rural | 290 |
13 | Creche Pequeno Príncipe | 1 | 2 | 2 | Rural | 38 |
13 | Santa Luzia | 3 | 8 | 4 | Rural | 176 |
13 | Nel Cordeiro | 2 | 5 | 5 | Rural | 93 |
Totais do Pólo | 14 | 41 | 26 | 889 | ||
14 | Manoel Dias Filho | 4 | 9 | 8 | Rural | 225 |
14 | Creche Amorgua | 2 | 2 | 2 | Rural | 51 |
Totais do Pólo | 6 | 11 | 10 | Rural | 276 | |
15 | Mestre Sabino | 9 | 21 | 14 | Urbana | 463 |
15 | Creche – Mestre Sabino | 2 | 4 | 3 | Urbana | 86 |
15 | Nossa Senhora da Saúde | 4 | 11 | 7 | Rural | 251 |
15 | Joaquim dos Santos | 2 | 5 | 5 | Rural | 75 |
Totais do Pólo | 17 | 52 | 39 | 875 | ||
16 | Nossa Senhora Aparecida | 4 | 9 | 6 | Urbana | 268 |
16 | Joaquim Dias de Freitas | 6 | 11 | 10 | Urbana | 267 |
16 | Creche Reino Encantado | 3 | 3 | 2 | Urbana | 59 |
16 | Senhor do Bonfim | 2 | 6 | 5 | Rural | 132 |
16 | Raimundo Felisberto | 2 | 4 | 4 | Rural | 69 |
16 | Creche-Raimundo Felisberto | 1 | 1 | 1 | Rural | 20 |
16 | Ant° Moreira Sobrinho | 2 | 2 | 2 | Rural | 36 |
16 | São Benedito | 1 | 2 | 2 | Rural | 29 |
16 | Manoel S. Sobrinho | 2 | 5 | 4 | Rural | 103 |
Totais do Pólo | 25 | 43 | 36 | 983 | ||
17 | Jonas H. Azevedo | 6 | 17 | 9 | Rural | 435 |
17 | Anastácio Tabosa | 5 | 8 | 5 | Rural | 165 |
17 | Nossa Sra. da Conceição | 2 | 2 | 2 | Rural | 38 |
17 | Creche Vovó Zefinha | 2 | 1 | 1 | Rural | 19 |
Totais do Pólo | 14 | 20 | 12 | 657 | ||
18 | José de Anchieta | 9 | 21 | 12 | Rural | 528 |
18 | Novo Horizonte | 2 | 4 | 3 | Rural | 89 |
18 | Creche Doce Lar | 2 | 1 | 1 | Rural | 25 |
18 | Manoel Vieira | 2 | 4 | 4 | Rural | 66 |
18 | São João Batista | 4 | 6 | 5 | Rural | 113 |
Totais do Pólo | 19 | 36 | 25 | 821 | ||
19 | Henrique F. Campos | 1 | 3 | 3 | Rural | 42 |
19 | São Francisco | 1 | 2 | 1 | Rural | 28 |
19 | Francisco Barros Filho | 2 | 4 | 2 | Rural | 80 |
19 | São Mateus | 1 | 2 | 1 | Rural | 32 |
19 | Nossa Sra. das Graças | 5 | 8 | 6 | Rural | 170 |
Totais do Pólo | 10 | 19 | 13 | 352 | ||
20 | Carlos Ferreira Barbosa | 4 | 8 | 4 | Rural | 191 |
20 | Creche Carlos F. Barbosa | 1 | 1 | 1 | Rural | 20 |
20 | Santa Lúcia | 2 | 6 | 4 | Rural | 112 |
20 | João Carlos | 6 | 2 | 2 | Rural | 45 |
Totais do Pólo | 12 | 16 | 10 | 368 | ||
21 | Nicolau Miguel Porto | 13 | 25 | 14 | Urbana | 714 |
21 | CEI Zumira Souto Carneiro | 4 | 9 | 6 | Urbana | 151 |
Totais do Pólo | 17 | 34 | 20 | 714 | ||
22 | Henrique Azevedo | 2 | 2 | 2 | Rural | 36 |
22 | Chagas Estevão | 1 | 3 | 3 | Rural | 56 |
Totais do Pólo | 3 | 5 | 5 | 92 | ||
23 | Sebastião Félix | 3 | 9 | 6 | Rural | 177 |
23 | Creche Menino Jesus | 1 | 1 | 1 | Rural | 29 |
23 | Santo Antônio | 2 | 5 | 5 | Rural | 109 |
23 | Santo Antônio | 1 | 2 | 2 | Rural | 52 |
Totais do Pólo | 7 | 17 | 14 | 367 | ||
24 | Ubiratan Diniz Aguiar | 5 | 14 | 10 | Rural | 343 |
24 | Santa R. de Lima | 3 | 7 | 7 | Rural | 128 |
24 | Família Cristã | 3 | 7 | 5 | Rural | 119 |
Totais do Pólo | 11 | 28 | 22 | 590 | ||
TOTAL DO MUNICÍPIO | 343 | 724 | 555 | 16.152 |
Os números acima nos indicam que a média de alunos por turma é de 22,3 alunos.
A relação sala/turma é de 2,11 e a relação turma/professor é igual a 1,30, o que indica que 34% dos professores trabalham em regime de tempo integral.
SÍMBOLOS DO Município de Trairi
Bandeira
A Bandeira do Município de Trairi, criada pelo Decreto n° 10 de setembro de 1973 é formada em sua metade pelo lado da tralha em campo Branco e a outra metade por cinco faixas horizontais, sendo a superior, a do meio e a inferior em cor verde e entre as faixas verdes duas faixas amarelas, todas na mesma dimensão. Ao centro do campo branco encontra-se as armas do município.
A altura corresponde a 14 m, a largura a 20 m, o campo branco 14 x 10 m e as faixas horizontais dividem a altura em cinco partes iguais e a largura será de 10 m. O escudo ao centro do campo branco será de 4 x 5 m.
As faixas horizontais verde e amarela são uma homenagem as cores nacionais, ao mesmo tempo ao nosso Estado. O campo branco simboliza a pureza e o idealismo do povo de Trairi.
Escudo
As Armas do Município de Trairi serão representadas por um escudo Português em homenagem aos nossos descobridores, sendo o mesmo dividido ao meio. A parte superior também dividida ao centro, formando dois quadrados encontramos no quadro da esquerda, em campo verde, uma cabeça de boi, simbolizando a nossa Pecuária, em cor branca, no quadrado da direita, em cor azul, encontra-se um ramo com três cajus, em cor amarela e vermelha. Na outra metade do escudo, na parte inferior, destaca-se um coqueiro em cor natural, areia da praia, mar em cor azul claro e uma jangada com vela branca. Acima do escudo será uma estrela em cor azul, simbolizando a sede do Município. Abraçando o escudo na parte inferior, com apoio, dois ramos de cana de açúcar em cor natural, simbolizando, juntamente com o caju, a riqueza agrícola do município.
HINO DO TRAIRI
Vede meu povo o rio Trairi
Perenemente caminhando ao mar
Saltando alegres pedras e colinas
E progredindo sempre sem cessar
Vamos meu povo também nós avante
Lutando forte sempre a progredir
Corpo robusto mente sã e pura
Mostrando a pátria quem é o Trairi.
Refrão
As nossas praias são altaneiras.
Deixando as ondas beijar o areial.
E a passaradas sempre cantante
Não esquece a sombra do nosso coqueiral. (bis)
Nossas crianças e a nossa juventude são
Jóias raras feitas com amor, nossos
Velhinhos santos prematuros que na
Igrejinha rezam ao senhor
Somos bem fortes gente afeita à luta
Somos ousados na luta do povir
Nossa ousadia é luta com vitória
E o nosso lema é sempre progredir.
Autor e Compositor: José Silva Novo
Praias de Trairi
A praia de Embuaca, região onde o presente estudo foi realizado, localiza-se no litoral oeste do Estado do Ceará, no Município de Trairi e limita-se com as praias de Flecheiras e Mundaú, distante cerca de 140km do Município de Fortaleza (Figura 1).
Figura 1 - Vista da praia de Embuaca no Município de Trairi – Ce.
Figura 2 - Vista aérea da Praia de Flecheiras no Município de Trairi - Ce
Figura 3 - Vista da Praia de Mundaú no Município de Trairi – Ce.
O campo algocológico escolhido, formado por um recife de arenito – ferruginoso, de consistência dura, e conseqüentemente propício à fixação de grandes quantidades de algas, permitindo o estabelecimento de uma comunidade bentônica expressiva, apresenta extremamente entrecortado, irregular e com pouca declividade, o mesmo fica rapidamente submerso, permanecendo emerso somente durante as marés muito baixas. Na extensão deste campo formam-se esparças elevações e inúmeras depressões de diferentes dimensões que são desde pequenas poças até verdadeiras piscinas, e algumas chegam a medir em torno de 15 a 20 metros de extensão, com profundidade média de aproximadamente de 1 metro.
De acordo com BERNARDES (1951) apud ALCÂNTARA FILHO (1978), no Estado do Ceará, onde a temperatura média anual é elevada variando de 25,0ºc a 28,0ºc, as chuvas ocorrem no verão e outono, com precipitação máxima no outono, e a estiagem no inverno e primavera (figura 4).
Segundo SILVA (1987), dos nove tipos climáticos da Classificação de Thornrthwaite, sete são identificados no Estado do Ceará, variando do tipo úmido ao tipo árido, e a baixa precipitação aliada a elevada evapotranspiração potencial, em conseqüência das elevadas temperaturas, impõe a predominância do tipo climático semi-árido. A região norte do Estado, onde a praia de Embuaca localiza-se, caracteriza-se por um clima que varia do tipo sub-úmido ao semi-árido, sendo que nas proximidades da cidade de Trairi, no litoral ocidental, merece destaque uma mancha úmida delimitada pela isoieta de 1500mm, onde a incidência de totais pluviométricos são mais elevados (SILVA, 1985). Para os anos de 1991 e 1992, porém foram registrados respectivamente no Município de Trairi, índices pluviométricos de 765,3mm e 1381,5mm (IBGE, 1990/92).
Para COUTINHO & MORAIS (1970), o tipo climático semi-árido é encontrado na costa do Estado do Ceará, onde existe a presença de muitas dunas móveis, que surgem em virtude dos baixos índices pluviométricos e o solo deste litoral está constituído de uma mescla de argila e conchas calcárias sementados com a ajuda da água. Segundo PAIVA, BEZERRA E FONTELES FILHO et al. (1971), a plataforma continental da região é estreita e de natureza arenosa. Assim, as fontes vagas de leste-nordeste que agem sobre a mesma, jogam para o litoral uma grande quantidade de material, que se acumula sob a forma de dunas pela ação dos ventos alísios de sudeste. (Figura 5)
GOSTEI, MAIS DEVIA TER MAIS COISAS RELACIONADAS COM PATRIMONIOS HISTORICOS DE TRAIRI
ResponderExcluirTambém acho!
ExcluirO Município de Trairi tem um calendário cultural bastante rico. Fazem parte dele os seguintes eventos:
ResponderExcluir· Festa da padroeira Nossa Senhora do Livramento – dezembro/janeiro (10)
· Festival do Coco – Fevereiro (1)
· Festa de São José – (Canaã) – Março (20)
· Semana da resistência cultural – abril (4)
· Festival de Quadrilhas – junho (5)
· Festival Cultural de Feiras – Jan/Julho (6)
· Festival do Caju – Outubro (7)
· Resgate Ambiental de Flecheiras – Novembro (8)
· Festa da Fazenda Riacho Largo – Novembro (5)
· Carnaval Feliz Folia – Móvel (3)
E A FESTA DO PADROEIRO DE MUNDAÚ (SÃO MIGUEL ARCANJO) PORQUE NÃO FOI REGISTRADA?
Ótimo trabalho, mas faltou uma relação completa das localidades do município com a indicação do distrito (que são 6 no total) a que cada uma pretence. Quem é de fora não tem como saber, em muitos casos, onde está localizada determinada escola ou associação de moradores, mesmo perdendo um tempão com o Google... As referências, a exemplo do TRE, indicam apenas o nome do município, mas raramente o Distrito.
ResponderExcluirAdorei a matéria, a melhor que encontrei pesquisando no Google ou outros sites. Parabéns, rico em detalhes e outros aspectos inerentes ao Município. Grato.
ResponderExcluirQuero saber mais sobre a Festa da Fazenda Riacho Largo.
ResponderExcluirObrigada!
Festa da Fazenda Riacho Largo??
ResponderExcluirFesta da Fazenda Riacho Largo??
ResponderExcluir